terça-feira, 10 de novembro de 2009

Ligação aérea directa com Israel para relançar o relacionamento económico

O Embaixador do Estado de Israel, Ehud Gol, sugeriu ontem no jantar-debate, organizado no Palácio da Bolsa, o restabelecimento prioritário da ligação aérea directa entre Portugal e Israel como forma de relançar o relacionamento económico entre ambos os países.

O diplomata sustentou que “A barreira que existe entre nós (Israel) e os palestinianos é para evitar o terrorismo, não um muro, é uma barreira de segurança, ponto”, e defendeu que “Quando for possível acabar com o terrorismo, não acho necessário continuar com essa barreira”.

Ehud Gol frisou ainda que “a barreira tem tido bons resultados práticos”, destacando que “gradualmente foi possível minimizar e criar uma nova situação sem atentados dentro de Israel”. E sustentou que “a possibilidade, para nós, de salvar a vida a israelitas vale a pena”. Recusou sempre a denominação de “muro” para a barreira que as autoridades do seu país ergueram na fronteira com a Cisjordânia, em prol da segurança. E finalizou referindo que “a barreira é reversível e podemos destruí-la em dois minutos, mas as vidas não as podemos recuperar”.

Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto, observou que “apesar da instabilidade, as relações comerciais com Portugal e outros países não têm sofrido alterações porque a atractividade do mercado israelita mantém-se. Neste momento é importante fortalecê-las e promover novas oportunidades”.

A balança comercial entre Portugal e Israel movimenta anualmente mais de 100 milhões de euros, tendência que se mantém desde 2005 e, ao que tudo indica, manter-se-á este ano também. Por essa razão, é importante saber como podem as empresas portuguesas estabelecer parcerias e fortalecer o fluxo trocas e de investimento com um país que foi considerado o nono país mais inovador em 2008, num estudo da Economist Intelligence Unit.

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